por Roberta da
Rosa
O objetivo principal da nossa ida a
Cúpula dos Povos era divulgar o I Germinário Estadual sobre Sistema de
Desenvolvimento Local. A programação de atividades autogestiondas e plenárias
era muito vasta, então escolhíamos as que mais nos interessava e durante a
atividade distribuímos os panfletos de divulgação.
Das atividades que participei, destaco
duas que acredito estarem em sintonia com nossos objetivos enquanto COL e
Germinário.
A primeira foi a participação no
encontro da UPMS Universidade Popular
dos Movimentos Sociais – Rede Global de saberes, cujo o objetivo é a formação e
articulação das entidades e movimentos sociais locais, nacionais e globais que
se opões ao neoliberalismo. Sendo um espaço aberto e democrático para o debate,
reflexão e proposição de idéias e ações. Acredito que a UPMS é um espaço
importante de troca e que podemos contribuir levando a proposta do
Desenvolvimento local a debate nas atividades da rede.
A segunda participação que destaco foi
no espaço Saúde, Ambiente e Sustentabilidade onde foi apresentado o relatório
do GT da Fiocruz que trata do tema que dá nome ao espaço. Nessa atividade
podemos debater sobre a relação do capitalismo com a queda na qualidade de vida
e o impacto de uma governança Global na definição das políticas sociais,
ambientais e econômicas, bem como a fragmentação dos movimentos sociais e a
preocupação com a falta de diálogo entre os militantes da saúde e os de meio
ambiente. NA oportunidade sugeri que o GT olhasse para a questão partindo dos
princípios do Desenvolvimento Local, valorizando a participação popular, o
potencial local, partindo da realidade de cada comunidade, do local para o
global. O GT respondeu que apesar de não citarem o D.L. na apresentação, a
Fiocruz trabalha nessa perspectiva e vivencia esta experiência na comunidade de
Manguinhos.
“A participação
na Cúpula dos Povos foi muito mais importante para a Fiocruz do que ter
representantes no Riocentro, porque na cúpula foi possível abrir espaço para
diálogos com atores que promovem o desenvolvimento sustentável local - os
movimentos sociais, que efetivamente lidam com problemas ambientais em planos
mais locais. O momento é de ações voltadas para parcerias com movimentos de
favelados, de trabalhadores do campo e movimentos pela saúde urbana. Acho que
essas são as agendas fundamentais para trabalharmos agora”
Valcler Rangel
vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da
Fiocruz,
Enfim, acho que a avaliação da nossa
participação foi bem positiva na divulgação do Germinário, mas também pela
possibilidade de enxergar pares, pessoas, movimentos e entidades que estão
caminhando na mesma direção e que podemos somar e fortalecer as lutas e ações
em busca de outro mundo possível, mais solidário, saudável, equilibrado e
justo. A Cúpula dos Povos recarregou nossa energia para organização e
realização do nosso Germinário sobre Sistema de Desenvolvimento Local.
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